Uma viagem histórica pelo mundo do trabalho

Um espaço cultural que abriga um acervo representativo do universo do trabalho, das artes e dos ofícios do Brasil.

10 de maio de 2013

A visita ao Museu de Artes e Ofício (MAO) é uma experiência única para entendermos as relações dos trabalhadores com suas profissões, destacadas pelos diversos métodos de serviços utilizados ao longo da história. Um espaço cultural que abriga um acervo representativo do universo do trabalho, das artes e dos ofícios do Brasil. O museu está instalado na Estação Central de Belo Horizonte, por onde transitam milhares de pessoas diariamente, um lugar de encontro do trabalhador consigo mesmo, com sua história e com o seu tempo.

É um projeto em permanente construção, ele se realiza no olhar do visitante que dá sentido aos objetos. As ferramentas, os utensílios e os equipamentos dão forma técnica à habilidade humana, ao método, ao conhecimento, ao desejo a necessidade que denunciam diferentes saberes, mas também em diferentes condições de trabalho e lugares sociais. O gesto hábil do trabalhador ligado a cada peça abre o sentimento da destreza manual, mas também da idoneidade, virtuosidade, sociedade e cultura.

A maioria das profissões expostas no MAO ainda existe atualmente, mas conhecidos com novos nomes e atribuições, como exemplo, os tropeiros, os mascates e os tanoeiros. Esta última, a profissão de tanoeiro, era considerada uma arte e foi muito demandada no passado, mas perdeu prestígio no final do século XIX. Estes profissionais construíam cubas, pipas, balseiros, tonéis e barris, para conservação e transporte de bebidas alcoólicas. Com a modernização destes processos, a profissão de tanoeiro limita-se a trabalhos artesanais como reparar recipientes e construir barris decorativos. Os principais instrumentos de trabalho dos tonoeiros são a Enxó, a Javradeira, a Raspilha e o Banco, utensílios para tornear a madeira, dando-lhe forma de aduela.

A Trilha da Energia, espaço destinado a mostrar a evolução do setor, apresenta equipamentos e engenhocas que substituíam a força do homem antes da energia elétrica. Na trilha, é possível ver os ofícios que existiam como, a energia humana, produzida pelos músculos do corpo e a mais primitiva forma de energia utilizada pelo homem. Apesar da descoberta e utilização de outras fontes de energia e os avanços dos processos de mecanização, sobretudo a partir da revolução industrial, a força muscular do trabalhador ainda é fundamental em diversas linhas de produção, obtenção e transformação de matérias primas no deslocamento de veículos e como meio de transporte. Por tanto, se quiser fazer uma viagem histórica para compreender o mundo do trabalho, visite o MAO.

A produção audiovisual do cinema brasileiro enfrentou muitas dificuldades até alcançar a posição atual. Na década de 1930, o audiovisual no Brasil se transformou em uma indústria, os primeiros filmes nacionais já lutavam contra a distribuição massiva vinda dos Estados Unidos. O Cinema Novo, considerado o início da era de ouro do cinema nacional, teve início na década de 1960 com um grupo de cineastas jovens, que realizaram filmes com temáticas sociais, entre eles Glauber Rocha, um dos maiores cineastas brasileiros. Depois de altos e baixos, houve o momento de retomada erguido com a Lei do Audiovisual, por meio de incentivos fiscais.

Desde 2009, o cinema no Brasil vive um período de crescimento intensivo, lastreado pela atuação de empresas brasileiras e por instituições e políticas públicas construídas ao longo da última década. Em 2010, o Brasil tornou-se o principal mercado latino-americano de cinema em receitas de bilheterias com quase 860 milhões de dólares de faturamento. O filme Tropa de Elite 2 possui o maior recorde de bilheteria nacional de todos os tempos com 11,2 milhões de bilhetes.

As perspectivas apontam que esse crescimento do setor deve continuar nos próximos anos. Segundo dados da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), além do cinema, as atividades de produção e a circulação de conteúdos audiovisuais assistiram à disseminação de agente e técnicas de criação ao surgimento de novos segmentos de mercado. Novas oportunidades surgiram ao lado de fenômenos chamados Convergência Digital ou Sociedade da Informação. O momento político e tecnológico encontra o cinema e o audiovisual no Brasil numa situação muito propícia para um salto em relevância social e desenvolvimento econômico.

Por Rafael Mariani

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