A evolução audiovisual no Brasil

O cinema brasileiro tornou-se o grande responsável pelo crescimento do mercado audiovisual no Brasil, a tendência é que esse movimento continue.

21 de maio de 2013

O audiovisual nasceu como um entretenimento coletivo, com presença destacada nas ruas das cidades, e indispensável à vida em sociedade. Por causa das tecnologias em transformação, as relações das pessoas com o uso do audiovisual transformam-se em um nível cada vez mais personalizado e exclusivo. Entre as janelas de exibição dos conteúdos audiovisuais (Cinema, Home Vídeo, TV Aberta, TV por Assinatura, Web e Celular), a sala escura do cinema, um dos veículos de massa mais antigo, tornou-se valorizado nos últimos anos e destacou-se como ponta de lança do mercado audiovisual no Brasil.

A produção audiovisual do cinema brasileiro enfrentou muitas dificuldades até alcançar a posição atual. Na década de 1930, o audiovisual no Brasil se transformou em uma indústria, os primeiros filmes nacionais já lutavam contra a distribuição massiva vinda dos Estados Unidos. O Cinema Novo, considerado o início da era de ouro do cinema nacional, teve início na década de 1960 com um grupo de cineastas jovens, que realizaram filmes com temáticas sociais, entre eles Glauber Rocha, um dos maiores cineastas brasileiros. Depois de altos e baixos, houve o momento de retomada erguido com a Lei do Audiovisual, por meio de incentivos fiscais.

Desde 2009, o cinema no Brasil vive um período de crescimento intensivo, lastreado pela atuação de empresas brasileiras e por instituições e políticas públicas construídas ao longo da última década. Em 2010, o Brasil tornou-se o principal mercado latino-americano de cinema em receitas de bilheterias com quase 860 milhões de dólares de faturamento. O filme Tropa de Elite 2 possui o maior recorde de bilheteria nacional de todos os tempos com 11,2 milhões de bilhetes.

As perspectivas apontam que esse crescimento do setor deve continuar nos próximos anos. Segundo dados da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), além do cinema, as atividades de produção e a circulação de conteúdos audiovisuais assistiram à disseminação de agente e técnicas de criação ao surgimento de novos segmentos de mercado. Novas oportunidades surgiram ao lado de fenômenos chamados Convergência Digital ou Sociedade da Informação. O momento político e tecnológico encontra o cinema e o audiovisual no Brasil numa situação muito propícia para um salto em relevância social e desenvolvimento econômico.

Por Rafael Mariani

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